Tipo 3, considerado o mais perigoso, reaparece após 15 anos e eleva o alerta das autoridades de saúde
Em fevereiro deste ano, Mato Grosso do Sul confirmou a primeira morte por dengue, com a notificação ocorrendo após a constatação de casos do vírus do tipo 3, o mais grave, em 15 municípios do estado. A vítima, Sebastiana Bernardo de Alvarenga, de 76 anos, residente em Inocência, faleceu em 16 de janeiro, mas a causa foi confirmada na última sexta-feira (7).
Além de Inocência, onde ocorreu a fatalidade, os outros municípios que registraram o tipo 3 da doença são: Alcinópolis, Costa Rica, Chapadão do Sul, Cassilândia, Paranaíba, Aparecida do Taboado, Selvíria, Três Lagoas, Água Clara, Brasilândia, Campo Grande, Nova Andradina, Glória de Dourados e Maracaju. No total, foram confirmados 44 casos de dengue, dos quais 37 concentram-se nas regiões nordeste e leste do estado, conforme o último boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
O ressurgimento do dengue tipo 3, que não era registrado em MS há 15 anos, reavivou as preocupações dos especialistas, especialmente porque essa forma do vírus tende a causar quadros clínicos mais graves e possui maior potencial para levar a óbitos. As autoridades sanitárias também investigam outras duas mortes possivelmente relacionadas à doença, uma em Campo Grande e outra em Três Lagoas, aguardando os resultados dos exames laboratoriais.
Entre os municípios, Selvíria destaca-se como o que apresenta o maior número de casos positivos para todos os tipos de dengue, com 159 registros, seguido por Inocência (51) e Três Lagoas (57). Diante desse cenário, as secretarias de Saúde continuam intensificando as ações de vigilância e controle para conter a propagação do vírus e reduzir os riscos de complicações graves.