Brasil perde espaço como destino internacional de produto, mas impacto de medida é visto como pequeno
Recentemente, a Rússia anunciou a suspensão das importações de carne bovina do estado do Pará devido à identificação de um caso de mal da vaca louca em um bovino da região. A suspensão está valendo desde o dia 1 de março e afeta animais vivos, carne in natura, processada e subprodutos, como miúdos. Ainda não se sabe se o diagnóstico é de um caso clássico ou atípico da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), já que a amostra coletada do animal infectado foi enviada para um laboratório de referência para a Organização Internacional de Saúde Animal.
Embora a Rússia já tenha sido um dos principais importadores de carne bovina brasileira, nos últimos anos, sua participação vem diminuindo entre os principais destinos do produto. De acordo com o jornal Valor Econômico, o adido agrícola da Rússia no Brasil, Andrey Yurkov, não informou se o embargo será retirado logo depois do teste de tipagem da encefalopatia espongiforme bovina.
O consultor Hiberville Neto, da HN Agro, avalia que o impacto do embargo russo para o setor de carne bovina será pequeno, uma vez que a Rússia comprou apenas 1,9% da carne bovina in natura do Brasil no ano passado, e o Pará representou cerca de 1,3% do que a Rússia adquiriu. Ele ressalta que há uma maior probabilidade de que o caso de mal da vaca louca identificado no Pará seja atípico, o que não deve afetar o sistema de defesa sanitária do Brasil. Além disso, a suspensão das exportações de carne bovina para a China devido ao ocorrido no Pará ainda está em vigor, mas espera-se que a situação se resolva em breve.
Com informações do Canal Rural