Novo presidente declara que enfrentará uma herança econômica difícil e implementará cortes substanciais no governo
Em um evento histórico na Argentina, Javier Milei, líder da ultradireita nacional, assumiu a Presidência do país no domingo. Em seu discurso de posse, Milei detalhou os desafios econômicos deixados pelo governo anterior de Alberto Fernández e Cristina Kirchner, acusando-os de arruinar o país. Ele anunciou que a única saída para a atual “situação de emergência” é implementar um ajuste fiscal significativo. Um de seus primeiros atos como presidente foi reduzir pela metade o número de ministérios, de 18 para 9.
Milei alertou os argentinos de que os próximos meses serão difíceis, com alta inflação, cortes de gastos substanciais e sacrifícios necessários para enfrentar a herança econômica problemática que seu governo recebeu. Ele enfatizou que “não há dinheiro” e que o país enfrenta uma dívida significativa que não pode pagar.
O novo ministro da Economia, Luis Caputo, deve anunciar em breve as primeiras medidas econômicas, incluindo a dolarização da economia para controlar a inflação, cortes nos gastos públicos e reforma trabalhista. Milei enfatizou que a inflação permanecerá alta nos próximos 18 a 24 meses, mesmo com as medidas de ajuste.
A posse de Milei marcou um afastamento da política tradicional argentina, já que ele iniciou sua carreira política em 2021 com um discurso antiestablishment. Embora seu partido, A Liberdade Avança, seja a terceira minoria parlamentar, ele terá que buscar apoio de aliados para aprovar projetos de lei no Parlamento.
Milei também destacou a necessidade de adotar ideias de liberdade para sair da atual crise e reconstruir a Argentina. Seu governo terá que equilibrar suas promessas de campanha com a necessidade de negociação e apoio dentro do sistema político.