Acabou a Copa do Mundo para a seleção brasileira e a defesa deixa a Rússia sob mais elogios do que o ataque. Enquanto jogadores com responsabilidade de garantir vitórias oscilaram e ficaram aquém do esperado, o sistema defensivo se impôs e sentiu muita falta de um de seus pilares, Casemiro, na derrota por 2 a 1 para a Bélgica, nas quartas de final.
Veja a avaliação de cada um dos 23 jogadores da Seleção:
MIRANDA
O parceiro ideal para Thiago. Um porto-seguro. Despediu-se do Mundial dando um show particular ao ensinar como marcar o excelente Lukaku. Pena que só no segundo tempo, quando a estratégia mudou.
FAGNER
Assumiu a posição depois das lesões de Daniel Alves – antes da convocação – e Danilo, e surpreendeu. Firme e participativo, jamais se escondeu.
FILIPE LUÍS
Outro que sai da Rússia tendo mostrado ao mundo que o Brasil pode jogar sem Marcelo. Quando substituiu o titular, diante de Sérvia e México, foi muitíssimo bem.
PHILIPPE COUTINHO
Apesar de oscilações e de não ter brilhado nos jogos eliminatórios, foi o grande jogador brasileiro na criação/conclusão. Termina com dois gols e duas assistências, e um combate no meio-campo superior ao de jogadores com essa função.
CASEMIRO
O time sentiu demais sua ausência na derrota para a Bélgica. Quando esteve em campo, ajudou muito Thiago Silva e Miranda a suportarem situações extremas, como a pressão sobre a Costa Rica. Fundamental.
RENATO AUGUSTO
O gol marcado e o perdido contra a Bélgica mostraram que ele poderia ter sido uma opção mais frequente num setor que deixou a desejar, o da construção de jogadas.
DOUGLAS COSTA
Nas duas vezes em que entrou, diante de Costa Rica e Bélgica, melhorou a equipe, com drible e velocidade. Pena que as lesões musculares voltaram a ser inimigas.
FIRMINO
Tornou-se queridinho da torcida, muito por conta da fase de Gabriel Jesus, e, de fato, melhorou o time quando entrou. Mostrou um repertório maior.
NEYMAR
Evoluiu em todos os aspectos do primeiro ao quarto jogo, mas deu passos atrás na partida derradeira. Anulado com mais facilidade do que de costume, ficou marcado também por críticas mundiais ao exagero nas quedas e encenações.
MARCELO
Não foi brilhante como no Real Madrid, tanto que abriu o debate sobre a possibilidade de Filipe Luís ser mantido após a recuperação de sua coluna. Mas não comprometeu.
ALISSON
Protegidíssimo na maior parte da Copa, não teve o que fazer nos gols belgas e também não fez qualquer defesa que poderá ser lembrada na semana que vem.
MARQUINHOS
Só não jogou mais porque Thiago Silva e Miranda foram impecáveis. Versátil, poderia ter entrado na zaga, na lateral direita e no meio-campo, neste último jogo. Tem futuro na Seleção.
GEROMEL
Chegou a ser elogiado pelos treinos, mas o bom desempenho da dupla de zaga afastou qualquer chance de entrar em campo.
DANILO
Fez apenas um jogo e sofreu duas lesões consecutivas. Provavelmente terá mais chances no próximo ciclo.
EDERSON
Conta com a simpatia da comissão técnica para, quem sabe, disputar a posição de titular com Alisson nos próximos anos.
CÁSSIO
Fez o que o terceiro goleiro costuma fazer: treinou, se dedicou, ajudou, apoiou. Dificilmente jogaria.
FRED
A lesão no tornozelo, sofrida em Londres, atrapalhou muito. Tite provavelmente teria dado minutos de jogo a ele, que impressionou em treinamentos.
FERNANDINHO
O primeiro tempo desastroso e o segundo irregular diante da Bélgica foram cruéis com um jogador, até então, sempre muito útil para Tite. O gol contra é um acidente, mas a falta de agressividade na marcação de Lukaku teve um efeito devastador: o segundo gol.
PAULINHO
Importante pelos gols, fez só um na Copa. E mais nada. Pouco participou da construção do jogo, trocou poucos passes, e quase todos burocráticos, para o lado, não foi o meio-campista que uma seleção de nível altíssimo precisa.
WILLIAN
O Foguetinho vez uma breve viagem ao espaço, contra o México. No resto da Copa, errou passes, dribles, ficou muito preso ao lado direito e, por duas vezes, saiu no intervalo.
TAISON
Não entrou em campo. Nem mesmo quando o Brasil precisava de gols, de alternativas, de jogadas. A vítima é ele, o foco é a pouca confiança em sua capacidade de mudar cenários, mas o equívoco parece ser da comissão técnica.
GABRIEL JESUS
Louvável o espírito colaborativo de um centroavante tão jovem. Marcador, cumpridor tático, esforçadíssimo. Mas o Brasil precisou de mais, e não teve. Um camisa 9 de mais peso teria chance de demolir a defesa belga, sobretudo no primeiro tempo.