O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, através da 2ª Promotoria de Justiça de Corumbá, iniciou um inquérito civil para investigar denúncias de desmatamento na Fazenda Bom Jesus, situada no Pantanal. Relatórios indicam que a propriedade sofreu desmatamentos em uma extensão de 9.836,33 hectares entre setembro de 2014 e abril de 2020.

Principais Pontos:

• A fazenda já havia sido multada em dezembro de 2021 em R$ 10,9 milhões pelo Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) por supressão de vegetação em 2.197 hectares.
• O imóvel tem um total de 15,4 mil hectares e está localizado ao Norte do estado, estendendo-se até Coxim.
• Em 2013, a empresa proprietária, Prime Administração e Empreendimentos Ltda., baseada em São Paulo, apresentou um Relatório de Impacto Ambiental ao Imasul. O plano era transformar 10,4 mil hectares em pastagem nos anos de 2014 a 2017, exigindo um investimento de R$ 5,1 milhões.
• O Ceippam (Centro Integrado de Proteção e Pesquisa Ambiental) detalhou que o desmatamento irregular na fazenda totalizou 3.634,77 hectares.
• Atualmente, desmatamentos no Pantanal foram suspensos por decisão governamental, aguardando a elaboração de um projeto de lei para análise pela Assembleia Legislativa.
• Embora a reportagem tenha tentado entrar em contato com a administração da fazenda em questão, não houve retorno até o momento.

Esta investigação destaca a importância da conservação ambiental e a responsabilidade de propriedades rurais em aderir às normas e regulamentos de preservação. A região do Pantanal, em particular, é de extrema importância ecológica e biológica, tornando-se imperativo garantir sua proteção e sustentabilidade.

Com informações do site Campo Grande News