Defesa Civil descarta risco de novos colapsos, mas mantém estado de alerta e avalia impactos ambientais
No domingo (10), ocorreu o rompimento de uma parte da mina 18 da Braskem em Maceió, Alagoas, resultando em uma cratera de dimensões ainda desconhecidas sob a lagoa Mundaú. A área já havia sido evacuada desde o alerta de colapso emitido em 29 de novembro. A Defesa Civil de Maceió afirma que, devido ao rompimento, o afundamento do solo deve desacelerar devido ao preenchimento da cavidade com rocha e água da lagoa.
O coordenador da Defesa Civil Municipal, Abelardo Nobre, destacou que o rompimento ocorreu dentro da área delimitada pelos técnicos e que não há risco de ampliação do colapso. Ele também assegurou que não há perigo para a população e que os sensores de superfície indicam normalidade nas outras minas da região.
A preocupação agora está relacionada aos impactos ambientais causados pelo rompimento, especialmente a salinização da lagoa Mundaú. Técnicos da Defesa Civil e do Instituto do Meio Ambiente estão avaliando a extensão desses impactos. O alerta da Defesa Civil permanece para que as pessoas evitem a área desocupada.
Esse incidente é parte de uma série de problemas causados pela mineração da Braskem na região, que resultou na evacuação de mais de 14 mil imóveis em cinco bairros nos últimos cinco anos. A empresa interrompeu a mineração no final de 2019 e iniciou o fechamento das minas.