São árvores arrancadas, lixo e entulho carregados pela água. Nas ruas, máquinas e caçambas fazem a limpeza.
O nível do rio Cachoeira voltou ao normal no sul da Bahia e revelou um cenário de destruição.
Nas praias de Ilhéus, uma cena que surpreendeu os moradores. Milhares de caranguejos que a enxurrada arrastou. Voluntários se uniram para recolher e devolver ao mangue.
“Estou aqui trabalhando como voluntário para salvar a vida marinha. É muito triste a gente ver o nosso litoral desse jeito. Isso aqui é tudo caranguejo. Salvando vida aqui”, diz um voluntário.
A força do rio Cachoeira, que arrastou os animais, deixou um rastro de destruição. Neste sábado (1º), o rio já tinha voltado ao leito normal e deixava à mostra árvores arrancadas, lixo e entulho carregados pela água. Nas ruas, máquinas e caçambas recolhem lixo e entulho.
Nos bairros ribeirinhos de Itabuna, a destruição foi total. De algumas casas só sobrou a fundação. De outras, nem isso. Tudo veio abaixo. Ficaram só os destroços. E depois da enchente, que arrasou uma área, o local virou uma rua fantasma. Os moradores abandonaram tudo.
“A proporção da água foi tão forte que a geladeira foi parar lá em cima da casa. Não tem como ficar aqui não”, diz Saulo Santos.
Em áreas menos destruídas, moradores voltaram neste sábado tentando recuperar objetos, avaliando a situação das casas.
“O trabalho está começando agora, o trabalho da limpeza, para ver como vai ser com minha casa, estamos aqui na luta”, conta a consultora de produtos Mara Gama.
Enquanto moradores do sul da Bahia tentam recomeçar, em Cândido Sales, no sudoeste baiano, os ribeirinhos estão sendo retirados de casa. Não chove, mas o rio Pardo não para de subir por causa do aumento da vazão da barragem de Mineiro Machado.