O Conselho Federal da OAB recomendou o afastamento do ministro Sergio Moro e dos procuradores da Lava Jato citados na reportagem do The Intercept Brasil que vazou conversas entre o então juiz e os promotores do caso.
Em nota divulgada nesta segunda-feira (10), o colegiado pediu “prudência”, mas “não se pode desconsiderar, contudo, a gravidade dos fatos, o que demanda investigação plena, imparcial e isenta”.
“Este quadro recomenda que os envolvidos peçam afastamento dos cargos públicos que ocupam, especialmente para que as investigações corram sem qualquer suspeita”, diz a nota.
O vazamento das conversas ente Moro e Dallagnol
As mensagens trocadas pelo Sergio Moro e Deltan Dallagnol, atual coordenador da força-tarefa, indicam que o ministro, na época juiz federal, conduziu as investigações da Lava Jato
Moro sugeriu trocas de fases da Lava Jato e deu dicas informais a Dallagnol por mensagens do aplicativo Telegram. Os arquivos trazem históricos entre 2015 e 2017.
A Constituição de 1988 estipula que o juiz não pode ter vínculos com as partes do processo judicial. Com a parte acusadora, neste caso o MP, não deve haver troca de informações ou atuação fora das audiências.