Consumidores locais estão cada vez mais consumindo produtos fabricados em Mato Grosso do Sul, com a agroindústria local ganhando destaque no mercado

A agroindústria de transformação está cada vez mais presente na vida dos sul-mato-grossenses. Uma rápida visita ao supermercado evidencia essa realidade, com diversas prateleiras exibindo produtos cujas embalagens revelam que foram fabricados em cidades de Mato Grosso do Sul.

A Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul) estima que cerca de 85% do PIB da Indústria de Transformação do estado esteja diretamente relacionado à agroindústria. Os frigoríficos, a produção de celulose e papel, a fabricação de açúcar e etanol e o processamento de soja e milho se destacam nesse cenário.

Para os próximos 5 a 10 anos, espera-se que esses segmentos mantenham uma grande participação na riqueza produzida pela indústria estadual. Isso se deve aos investimentos bilionários já anunciados e em execução para a ampliação da produção e construção de novas fábricas no estado.

Ezequiel Resende, economista-chefe da unidade de Economia e Pesquisa da Fiems, ressalta que a parceria entre a Federação das Indústrias e o Governo do Estado deve incrementar o adensamento dessas cadeias produtivas. “Isso irá agregar valor aos produtos, consolidando a Agroindústria de Transformação como vetor de crescimento econômico e social, gerando mais empregos e renda, especialmente nos municípios do interior do Estado”, avalia.

Atualmente, a agroindústria de transformação de Mato Grosso do Sul emprega mais de 75 mil trabalhadores formais. Só o pagamento de salários injeta mais de R$ 200 milhões mensalmente na economia estadual.

O secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, confirma essa projeção do setor. “O Estado de Mato Grosso do Sul tem apresentado crescimento do PIB acima da média nacional nos últimos oitos anos. Para 2023, a perspectiva de crescimento do PIB gira em torno de 5,3%,” ele diz.

Segundo Verruck, o forte desempenho é resultante do equilíbrio fiscal do estado, da capacidade de investimento do Governo em obras públicas e também do setor privado. “Isso tudo cria um ambiente de negócio com capacidade de captar novos investimentos na área industrial, gerando a transformação da economia sul-mato-grossense e da sua principal base produtiva, o agronegócio.”

A agroindústria do estado tem apresentado casos de sucesso, como a empresa Donana Alimentos, que utiliza insumos produzidos no estado para fabricar cerca de 280 produtos do seu portfólio, e a Imbaúba Laticínios, que capta leite in natura produzido em todo o Estado e produz uma variedade de produtos lácteos. Ambas as empresas ressaltam a importância da qualidade e da inovação em suas operações.